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Carvalho critica modelo de emendas e defende fim da reeleição

O presidente do PRD em Mato Grosso, Mauro Carvalho, fez duras críticas ao atual modelo de distribuição de emendas parlamentares e ao impacto direto que elas exercem sobre a renovação das lideranças políticas nas eleições brasileiras.

 

Quem permanece na política são sempre os mesmos, e isso é muito ruim, porque a política precisa ser reoxigenada

Segundo ele, o sistema atual favorece a perpetuação de políticos no poder, já que estes dispõem de altos volumes de recursos para distribuir entre os municípios.

 

Carvalho afirmou que um deputado estadual, por exemplo, pode ter até R$ 40 milhões por ano para direcionar a diferentes áreas.

 

“O processo eleitoral está desigual. Quem permanece na política são sempre os mesmos, e isso é muito ruim, porque a política precisa ser reoxigenada, dar espaço para novas cabeças. […] Essas emendas acabaram com a chance de renovação. Essa é a realidade”, afirmou durante entrevista ao programa Entre Elas, da Rádio CBN.

 

O presidente do PRD também destacou o volume de recursos à disposição dos senadores.

 

“Um senador tem R$ 250 milhões por ano. Em oito anos, isso representa R$ 2 bilhões para investir em 142 municípios. Como alguém pode competir com isso?”, completou.

 

Desde 2019, os valores pagos em emendas parlamentares têm crescido significativamente, beneficiando senadores e deputados com verbas que chegam à casa dos bilhões ao longo de seus mandatos. Esse modelo também tem sido replicado nos estados, onde deputados estaduais passam a contar com recursos expressivos para destinar a obras e ações locais.

 

“Qualquer um tem direito de ser candidato”

 

A Assembleia Legislativa não é uma sociedade limitada, com 24 sócios e ninguém mais podendo entrar. Espera aí! Vivemos numa democracia

As críticas de Carvalho surgiram após ser questionado sobre uma declaração do deputado estadual Eduardo Botelho (União), que criticou o ingresso de secretários de Estado no processo eleitoral. Há especulações de que pelo menos seis membros do Palácio Paiaguás estejam se articulando para disputar as eleições do próximo ano.

 

“A Assembleia Legislativa não é uma sociedade limitada, com 24 sócios e ninguém mais podendo entrar. Espera aí! Vivemos numa democracia”, afirmou.

 

“O secretário de Estado é também um cidadão comum. Qualquer um tem o direito de ser candidato — empresário, servidor, cidadão. O que não pode é excluir alguém do processo apenas por não estar inserido no jogo das emendas”, acrescentou.

 

Fim da reeleição

 

Carvalho, que é suplente do senador Wellington Fagundes (PL), também se posicionou contra a reeleição no Brasil. Atualmente, cargos do Executivo podem ser renovados por um mandato consecutivo, enquanto não há limite de reeleições para o Legislativo.

 

“Não podemos transformar um mandato em uma carteira de trabalho assinada. Não é razoável um deputado permanecer 24 ou 30 anos no cargo. Por isso, sou — e sempre fui — contra a reeleição”, afirmou.

 

“Tanto no Executivo quanto no Legislativo, o ideal seria limitar a no máximo duas legislaturas. Assim teríamos uma renovação ampla e a oportunidade para que novas lideranças, com experiência e merecimento, contribuam com o país”, concluiu.

 

Leia mais sobre o assunto:

 

Mendes: “É natural que secretários queiram disputar a eleição”

 

“Modelo perverso; trouxe consequências nefastas”, diz Mendes

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