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Viva Cuiabá do Senhor Bom Jesus!

Em clima de louvor e gratidão a Deus, estamos comemorando, neste dia 8 de abril, os 306 anos de Cuiabá. Esta lendária e tricentenária cidade foi cantada em versos poéticos por D. Aquino, filho ilustre desta terra: “Oh! Cuiabá das lendas brasileiras, foste o sonho de glória das bandeiras, eldorado de luz e de bonança. O teu futuro está profetizado: foste a cidade de ouro no passado, és a cidade verde na esperança”. 

 

Ele é o “Bom” Jesus cuja expressão de dor, de amor e resignação, infunde ânimo e coragem ao nosso povo.

Outro filho ilustre desta abençoada terra é o saudoso, incomum e imortal Dr. Luiz-Philippe Pereira Leite (!916-1986) do Instituto histórico e geográfico de Mato Grosso, o qual exaltou em seu livro as figuras proeminentes e valentes dos fundadores da cidade. Assim proferiu: “Três sorocabanos no Arraial, enfeixa os estudos sobre os primórdios das Minas de Cuiabá e do arraial nascente do Bom Jesus. São as figuras iminentes de Pascoal Moreira Cabral Leme, o “guarda-mor” (1655-1724), Miguel Sutil de Oliveira, “o lavrador-mor” (1667-1755), e a Imagem do Senhor Bom Jesus, “o Orago-mor” do Arraial.

 

Os dois sorocabanos: Pascoal Moreira e Miguel Sutil, têm seus restos mortais repousando em paz na Cripta da Catedral do Senhor Bom Jesus, juntamente com os restos mortais dos prelados, Bispos e Arcebispos de Cuiabá.

 

Miguel Sutil de Oliveira voltou para sua terra natal, Sorocaba, e lá morreu. Suas cinzas retornaram par Cuiabá, em 18 de agosto de 1975, para repousar na dadivosa terra cuiabana.

 

A veneranda imagem do Senhor Bom Jesus, nosso “orago-mor” é o terceiro Sorocabano do Arraial. Esta imagem foi descrita com muita ênfase pelo Advogado e cronista  José Barbosa de Sá: “Foi esta imagem fabricada de madeira por mãos de uma mulher, na Vila de Sorocaba. Trouxe-a consigo Pedro de Morais, natural da mesma Vila, nos primeiros anos que estes Sertões povoaram” (anais do Senado e da Câmara, crônicas de José Barbosa de Sá). 

 

A Imagem Chegou ao porto da Vila do Arraial em 1729.  Esta Imagem, com 296 anos, vem acompanhando a metamorfose desta dinâmica, próspera e progressista cidade de Cuiabá. Segundo Estevão de Mendonça, os cabelos anelados, que ainda adornam a fronte da imagem representam a dádiva de uma linda jovem cuiabana, que deles se desfez, em cumprimento de um voto.

 

A tradição não menciona o nome da ofertante, nem a data do acontecimento. Para sua conservação, ela está protegida em um nicho emoldurado de vidro na capela do Bom Jesus, ao lado do altar da Catedral. A imagem continua bem conservada, ainda hoje, para a veneração dos fiéis. Esta histórica Imagem chegou à Cuiabá em 1 de janeiro de 1729 e carregada em procissão até a primeira Capela de madeira, com taipa e coberta de palha, construída pelo capitão Mor: Jacinto Barbosa Lopes, em 1722. 

 

Em seguida foi celebrada a primeira missa na rústica e modesta capela pelo Frei Pacifico dos Anjos, irmão do capitão Mor. Esta capela passou por várias transformações históricas ao longo do tempo. A modestíssima capela foi substituída por um monumento erigido na grandeza e beleza da arte do modernismo, com imponentes linhas arquitetônicas e revestidas de mosaicos ilustrativos no centro e nas laterais, emitindo suspiros e vibrações de fé aos visitantes da Catedral.

 

A nossa Catedral guarda o mais precioso tesouro da nossa história: O Senhor Bom Jesus, o qual, na beleza ímpar da sua bondade e misericórdia, está vivo e presente no tabernáculo do santíssimo e representado, simbolicamente, pela sua veneranda Imagem na capela do Bom Jesus. A capela do Bom Jesus tem ao fundo um belo e ilustrativo painel colorido, calcado na história destas Minas.

 

No belo e imponente mosaico, aparece o Bandeirante, o Índio e o Garimpeiro, cada qual fazendo a oferenda dos seus tesouros ao “Orago-Mor” do Arraial. Ele é o Senhor perante a qual se curvou no passado o bandeirante indômito. Ele é o senhor do mundo, da história e desta Cidade. Ele é o “Bom” Jesus cuja expressão de dor, de amor e resignação, infunde ânimo e coragem ao nosso povo.

 

O nosso “Orago-mor”, continua velando por esta nobre gente, com o mesmo desvelo de outrora e com o mesmo amor eterno. Sob o auspício e bênçãos do Senhor Bom Jesus, caminhamos como peregrinos de esperança e vivenciando, com gratidão e conversão, o ano jubilar dos 2025 anos da encarnação de Jesus Cristo na humanidade. 

 

PARABÉNS CUIABÁ, PELOS SEUS 306 ANOS! E, Viva Cuiabá do Senhor Bom Jesus, do Senhor Divino e S. Benedito!

 

Deusdédit de Almeida é padre da Catedral Basílica do Senhor Bom Jesus de Cuiabá.

 

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