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Delator transferiu Pix e mandou comprovante para vereador

O vereador de Cuiabá, Sargento Joelson (PSB), reclamou da “intromissão” de um terceiro numa propina de R$ 250 mil paga por uma empresa que cobrava dívidas da prefeitura da Capital por obras realizadas no chamado “Contorno Leste”.

A documentação evidencia que os valores supostamente pagos ao referido agente público

 

Segundo o inquérito da Polícia Judiciária Civil (PJC) sobre o caso, ao qual FOLHAMAX teve acesso, e que foi base para a operação “Perfídia”, deflagrada na última terça-feira (30 de abril) -, o Sargento Joelson não gostou de ter sido procurado por Jean Martins e Silva Nunes.

 

Ele se disse representante da HB20 Construções, a empresa responsável pela propina. Durante um diálogo por aplicativos de mensagens com João Jorge de Souza Catalan Mesquita – “representante oficial” da HB20 Construções, e responsável por pagar a propina -, o vereador indagou quem era Jean, além de lembrar Catalan que o “negócio” entre eles já estava “resolvido”. Chico 2000 (PL), também vereador da Capital e alvo da operaçãoal “Perfídia”, foi citado na conversa, ocorrida em outubro de 2023 e transcrita no inquérito da PJC.

 

“Bom dia, Jorge, tudo bom? Oh irmão, teve um cara aqui por nome Jean, falando em nome da empresa aí… O acordo foi feito entre eu e você cara. O presidente Chico [2000] um dia participou e deu o aval… Você fica mandando terceiros aqui cara. Não está resolvido nosso trem?”, indagou Joelson à Catalan. 

 

Segundo o inquérito, as investigações começaram depois do prefeito Abilio Brunini (PL), à época deputado federal, receber áudios, documentos, vídeos e prints do próprio Catalan, apontado como responsável por fazer o “meio de campo” entre vereadores da Capital e a empresa HB20. As suspeitas tiveram início em agosto de 2023.

 

Somente entre os anos 2000 e 2024 a HB20 Construções recebeu nada menos do que R$ 56,9 milhões pelos serviços prestados no Contorno Leste – uma via marginal que tem o objetivo de desviar o trânsito de regiões de Cuiabá que estão saturadas. Já as supostas propinas pagas ao vereador Sargento Joelson, por sua vez, seriam de R$ 250 mil, sendo parte em transferências bancárias e dinheiro vivo.

 

As investigações também citaram o empresário Márcio da Silva Cunha, proprietário da factoring Numeral Fomento Mercantil, suposto intermediador da propina e ligado ao Sargento Joelson, conforme a PJC. 

 

“A documentação evidencia que os valores supostamente pagos ao referido agente público, através de uma conta de terceiro (José Márcio da Silva Cunha), somam R$ 150.000,00. Estes valores, segundo a notícia de fato tem origem em recursos recebidos da empresa HB 20 Construções EIRELI, responsável pelo contrato de medição da obra de drenagem de águas pluviais e pavimentação asfáltica na Av. Contorno Leste no município de Cuiabá/MT”, diz o inquérito.

 

Ainda de acordo com as investigações, o suposto esquema foi colocado em prática para aprovação do parcelamento de dívidas tributárias da Capital com a União da ordem de até R$ 163,6 milhões, no ano de 2023.

 

Com a medida, a prefeitura poderia expedir certidões negativas de débitos, ter acesso a mais empréstimos e assim pagar suas dívidas com seus fornecedores.

 

Com o pagamento da propina, os vereadores aprovaram o projeto de lei para o parcelamento da dívida – e consequente maior capacidade de captar recursos, segundo a PJC. Depois da aprovação, ocorrida em 21 de setembro de 2023, a HB20 Construções recebeu R$ 8 milhões da prefeitura.

 

O inquérito também mostra prints de transferências de valores (PIX) realizados por Catalan ao Sargento Joelson, em valores de R$ 50 mil e R$ 25 mil. Tanto ele quanto Chico 2000 foram afastados de seus cargos na última terçafeira.

 

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