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Sebastião Salgado sofria complicações de malária antes de leucemia; entenda

O fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado morreu aos 81 anos nesta sexta-feira (23). A informação foi confirmada pelo Instituto Terra, fundado por ele e sua esposa, Lélia Wanick. O fotógrafo morreu em Paris.

Segundo a família, Sebastião faleceu por conta de uma leucemia grave. A doença surgiu como evolução de complicações de uma malária que atingiu o fotógrafo em 2010, quando visitada a Indonésia.

A malária é uma infecção causada pelo parasita do gênero Plasmodium, transmitido para humanos pela picada de fêmeas infectadas dos mosquitos Anopheles (mosquito-prego). Os mosquitos são mais abundantes nos horários crepusculares, ao entardecer e ao amanhecer, de acordo com o Ministério da Saúde.

Os sintomas incluem febre alta, calafrios, tremores, sudorese e dor de cabeça. Em casos graves, ela pode causar convulsões, alteração da consciência, hipotensão arterial, dispneia ou hiperventilação e hemorragias. O tratamento da malária, quando feito de forma rápida e adequada, pode garantir a cura da doença.

Já a leucemia é um tipo de câncer que atinge as células sanguíneas da medula óssea, em sua maioria, os glóbulos brancos. Na leucemia, uma célula sanguínea que ainda não atingiu a maturidade sofre uma mutação genética que a transforma em uma célula cancerosa. Essa célula anormal não funciona de forma adequada, multiplica-se mais rápido e morre menos do que as células normais.

As causas da leucemia ainda não estão definidas, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca). No entanto, suspeita-se que desordens sanguíneas podem levar à doença, entre outros fatores como tabagismo, exposição à radiação ionizante e benzeno, histórico familiar e exposição a agrotóxicos.

Existe relação direta entre leucemia e malária?

De acordo com Hélio Bacha, infectologista do Hospital Albert Einstein, a malária não está diretamente associada à leucemia como causa da doença. No entanto, complicações associadas à infecção podem aumentar o risco, a longo prazo, do desenvolvimento da leucemia.

“Pode ser que ocorra um mecanismo de associação com problemas imunes que acontecem em decorrência da malária e, consequentemente, o surgimento de alguns casos de leucemia talvez associados ao vírus Epstein-Barr ou ao HTLV (vírus linfotrópico de células T humanas)”, explica.

Evandro Fagundes, hematologista e lider nacional de leucemias agudas da Oncoclínicas&Co, também reforça que não existe relação direta entre malária e leucemia.

“Qualquer leucemia pode ser secundária, por exemplo, a alguns tratamentos que utilizamos para algumas doenças”, explica Fagundes. “Mas é difícil fazer uma correlação direta da malária com a leucemia, da mesma forma que é difícil fazer uma correlação direta do tratamento que, eventualmente, tenha sido utilizado para tratar a malária com o surgimento de uma leucemia anos depois”, completa.

Descoberta brasileira no mar pode ajudar a combater malária

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