A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou, em seu 7º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25, uma projeção otimista para a colheita, estimando um volume recorde de 330,3 milhões de toneladas.
Este número representa um aumento significativo de 10,9% em relação à safra anterior, equivalente a 32,6 milhões de toneladas adicionais.
O crescimento previsto é atribuído a dois fatores principais: a expansão da área plantada, que alcançou 81,7 milhões de hectares, um aumento de 1,7 milhão de hectares em comparação com o ciclo anterior, e as condições climáticas favoráveis que beneficiaram as culturas de primeira safra nas principais regiões produtoras do país.
A Conab também observa que as perspectivas climáticas positivas continuam a influenciar o desenvolvimento das culturas de segunda safra, o que deve resultar em uma recuperação da produtividade, estimada em 8,6%, atingindo 4.045 quilos por hectare.
Soja e milho lideram produção
A soja permanece como a principal cultura, com uma estimativa de produção de 167,9 milhões de toneladas, um aumento de 20,1 milhões de toneladas em relação à safra passada.
O Centro-Oeste, maior produtor de soja do Brasil, deve alcançar um novo recorde de produtividade, com 3.808 quilos por hectare.

Em Mato Grosso e Goiás, a colheita está em fase final, com produtividades médias de 3.897 e 4.122 quilos por hectare, respectivamente.
A produção total de milho, considerando as três safras, é estimada em 124,7 milhões de toneladas, um aumento de 9 milhões de toneladas em relação ao ciclo anterior.
Outras culturas e comércio
A produção de algodão também apresenta perspectivas positivas, com uma área plantada de 2,1 milhões de hectares e uma produção de pluma estimada em 3,9 milhões de toneladas.
A colheita de arroz avança em ritmo acelerado, impulsionada por condições climáticas favoráveis. A produção de feijão deve atingir 3,3 milhões de toneladas, com um aumento de 2,1% em relação à safra anterior.
Com o aumento na produção de milho, a Conab elevou as projeções de consumo interno para 87 milhões de toneladas e de exportação para 34 milhões de toneladas.
O estoque final do grão é estimado em 7,4 milhões de toneladas. O cenário para o algodão é semelhante, com aumento na produção e no consumo.