Presidente do União Brasil, o governador Mauro Mendes afirmou ser natural que filiados, como o senador Jayme Campos e o deputado estadual Júlio Campos, tenham participado do encontro do PSD do ministro lulista Carlos Fávaro, no último sábado (3).
É natural que, quando uma conversa é pública, isso gera algum nível de especulação
Além dos irmãos Campos, o encontro teve a participação do ex-prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB).
“É natural que os agentes políticos dialoguem e conversem. E é natural que, quando uma conversa é pública, isso gera algum nível de especulação”, disse o governador.
“Mas, eu vejo com muita tranquilidade qualquer movimento feito por qualquer ator político, porque isso faz parte da democracia e isso não causa nenhuma preocupação”, emendou.
A participação dos irmãos Campos no evento de Fávaro alimentou rumores sobre possíveis rearranjos políticos em meio às articulações para as eleições de 2026.
Os Campos têm manifestado publicamente descontentamento ao anúncio de Mendes apoiar a candidatura de seu vice Otaviano Pivetta (Republicanos) na disputa ao Palácio Paiaguás. Eles querem que a discussão seja submetido aos correligionários do União Brasil.
Além disso, uma eventual coligação do União com o PL do ex-presidente Jair Bolsonaro e do prefeito Abílio Brunini dificultaria um arranjo que contemplasse os interesses de Jayme disputar a reeleição pelo grupo.
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Os irmãos Júlio e Jayme Campos e o ministro Carlos Fávaro, em encontro
Sem imposição
Mendes, no entanto, garantiu que não existe qualquer tipo de imposição dentro do União.
“Não teve nenhuma definição, nenhuma imposição. Agora, dar opinião é imposição? Eu não considero. A minha opinião não é imposição, assim como a deles também não é. É natural. Não preciso falar isso porque nunca houve imposição do nosso lado para nada”, disse.
Questionado se teme um eventual racha interno, Mendes foi categórico. “Não, não temo não. As pessoas são livres para tomar o caminho que elas julgarem o melhor para elas”, disse Mendes.
Veja trecho da entrevista:
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