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Câncer de próstata com metástase óssea: entenda quadro de Joe Biden

O ex-presidente dos Estados Unidos Joe Biden foi diagnosticado com uma “forma agressiva” de câncer de próstata, de acordo com uma declaração de seu gabinete pessoal no domingo (18). Segundo o comunicado, a doença se espalhou para os ossos, ou seja, sofreu metástase óssea.

“Na semana passada, o presidente Joe Biden foi examinado para a descoberta de um novo nódulo na próstata após apresentar sintomas urinários crescentes. Na sexta-feira, ele foi diagnosticado com câncer de próstata, caracterizado por um escore de Gleason de 9 (Grupo Grau 5) com metástase óssea”, diz o comunicado.

A metástase óssea é caracterizada pela disseminação das células cancerígenas de seu foco inicial — no caso de Biden, a próstata — para os ossos.

“Todo câncer tem capacidade de enviar focos de suas células para tecidos à distância do órgão de origem e a isso nós damos o nome de metástases”, explica Bruno Benigno, urologista e oncologista do Hospital Oswaldo Cruz e diretor da Clínica Uro Onco, à CNN.

Segundo o especialista, a metástase do câncer de próstata pode acontecer a qualquer momento do desenvolvimento da doença, mas, especialmente, em pacientes que têm tumores volumosos ou com alta agressividade na glândula.

“A metástase acontece através da infiltração do tumor nos tecidos linfáticos, nos vasos sanguíneos e nos nervos que permeiam o tecido da próstata”, explica Benigno. “A probabilidade de acontecimento de metástases depende de fatores relacionados ao próprio tumor, como agressividade e comportamento biológico, além de fatores relacionados ao próprio paciente, como sistema imunológico com menor grau de responsividade”, afirma.

Como é feito o tratamento de tumores com metástase óssea?

Por ser considerado um tumor altamente agressivo, o tratamento do câncer de próstata com metástase óssea é feito com o objetivo de controle, e não de cura, de acordo com Igor Morbeck, oncologista e membro do Comitê Científico do Instituto Lado a Lado pela Vida, à CNN.

Nesse caso, o tratamento principal é a hormonioterapia, ou seja, o bloqueio hormonal. “Esse bloqueio pode ser único, ou seja, através de uma injeção mensal ou trimestral, como um tratamento definitivo ou associado a novos agentes hormonais”, explica. “A radioterapia também pode acontecer após um período mas longo de hormonioterapia”, completa.

Os pacientes que fazem tratamento com hormonioterapia podem ser divididos em dois grupos: baixo volume (com até quatro focos de metástase) e alto volume (com mais de quatro focos de metástase).

“Para os pacientes de baixo volume, geralmente, o tratamento envolve o bloqueio de testosterona com duas medicações. Uma que bloqueia a produção de testosterona pelo próprio organismo do paciente, e a segunda que faz o bloqueio adicional do efeito da testosterona no organismo”, explica Benigno.

“Já para os pacientes portadores de câncer de próstata com metástases que nunca receberam bloqueio de testosterona e que têm alto volume de doença, em geral, nós associamos ao bloqueio de testosterona combinado a quimioterapia”, afirma.

De acordo com os especialistas, a chance de controle do tumor neste estágio é alta, mas não há chance de cura. “Hoje, com as novas estratégias de tratamento, nós conseguimos prolongar a expectativa de sobrevivência do paciente. Antes, era na ordem de três anos; hoje, é em torno de cinco a sete anos, a depender da resposta inicial, da agressividade do tumor e do volume de doença apresentado”, afirma Benigno.

Além disso, a metástase óssea pode causar outras complicações de saúde, como perda de massa óssea, o que aumenta o risco de fraturas. “Muitas vezes, é preciso fazer a reposição de cálcio e vitamina D, além de usar medicamentos que reduzem a incidência de osteoporose”, explica Morbeck. “Então, é necessário um tratamento que abrange o cuidado do tumor e, também, outras complicações relacionadas ao esqueleto”, finaliza.

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