Os ministros Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária), Fernando Haddad (Fazenda) e Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima) reafirmaram o potencial do Brasil como referência mundial na produção de alimentos com responsabilidade socioambiental.
O ministro Carlos Fávaro destacou o compromisso do governo com uma agropecuária moderna, eficiente e sustentável. “Começamos com um plano de recuperação de áreas degradadas, e hoje vemos que ele vai muito além: trata-se de um caminho estratégico para induzir o desenvolvimento sustentável da agropecuária brasileira. Este é, sem dúvida, o maior legado que estamos construindo”, afirmou.
No início desta semana, foi feito o lançamento do Programa Caminho Verde Brasil, que representa uma das maiores iniciativas ambientais do setor agropecuário nacional. Com a meta de recuperar 40 milhões de hectares de áreas degradadas em dez anos, o programa prioriza práticas agrícolas sustentáveis, reduzindo a pressão por desmatamento e promovendo o uso racional dos recursos naturais.
Fávaro destacou que o lançamento do primeiro leilão do programa, por meio do fundo Eco Invest, marca um momento histórico para o país. “Teremos novos leilões, inclusive voltados à Amazônia Legal, demonstrando ao mundo nossas boas práticas e, principalmente, como é possível crescer sem destruir. A expansão do programa será o símbolo da nova agropecuária brasileira: produtiva, verde e responsável.”
O Caminho Verde Brasil é uma política de Estado, liderada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em parceria com outros ministérios, instituições financeiras e representantes do setor agropecuário, que visa promover transformação ecológica da produção no campo.
O Eco Invest tem como objetivo recuperar inicialmente 1 milhão de hectares de terras degradadas em biomas estratégicos como a Mata Atlântica, Cerrado, Caatinga, Pampa e Pantanal, fortalecendo o compromisso do país com o uso sustentável do solo.
A ministra Marina Silva ressaltou que o programa se integra à política climática nacional. “Ele está diretamente alinhado às metas de redução das emissões de CO₂, ao Plano Clima e ao compromisso de desmatamento zero até 2030. A utilização de instrumentos financeiros para restaurar áreas degradadas promove ganhos ecológicos e econômicos duradouros.”

Hoje, o Brasil destina cerca de 280 milhões de hectares à agropecuária. Desses, 165 milhões são de pastagens, das quais 82 milhões encontram-se degradadas. A meta do governo é recuperar até 40 milhões de hectares, requalificando a produção com base em boas práticas e inovação sustentável.
Nas próximas etapas, o Mapa busca ampliar o financiamento do programa com recursos de investidores internacionais e de países comprometidos com o desenvolvimento sustentável global.
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