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Déficit de energia ameaça expansão da agricultura irrigada em MT, aponta estudo

Mato Grosso, estado líder do agronegócio no Brasil, enfrenta um desafio estratégico para o futuro da agricultura irrigada: o risco crescente de déficit energético.

Um estudo publicado nesta terça-feira (10) pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), conduzido pela FUPAI em parceria com a Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI) revela que a infraestrutura elétrica atual pode se tornar um gargalo para o crescimento agrícola do estado.

Agricultura irrigada em MT exige expansão energética de 4,59% ao ano até 2040, estima CNA. (Foto: Ilustrativa/Freepik)

A análise teve como base os dados consolidados de 2022, último ano com informações completas disponíveis.

Os resultados mostram que regiões como o noroeste e o centro-sul de Mato Grosso já apresentavam alta densidade de demanda elétrica para irrigação — sobretudo em áreas com cultivo intensivo de soja, milho, algodão e feijão, que utilizam sistemas como pivôs centrais.

Areas com os maiores deficits potenciais de energia eletrica para irrigacao nas regioes Sudeste
Áreas com os maiores déficits potenciais de energia elétrica para irrigação nas regiões do Centro-Oeste. (Foto: CNA)

A demanda eletroenergética total, que considera o potencial irrigável completo, revela um déficit ainda mais expressivo, indicando que a estrutura atual não é suficiente para atender à expansão da irrigação.

Projeções até 2040

As projeções para 2040 são ainda mais desafiadoras. O estudo aponta para uma expansão anual da rede elétrica de 4,59% apenas em Mato Grosso — uma taxa considerada viável, mas que exige planejamento antecipado e investimentos significativos.

demanda energetica
Estimativa para 2040. (Foto: CNA)

Estados vizinhos como Goiás e Mato Grosso do Sul apresentam projeções de crescimento elétrico acima de 14% ao ano, o que é classificado pelo estudo como “desafiador para as distribuidoras”.

Falta de energia já afeta a produção no campo

O estudo também avaliou a Energia Não Suprida (ENS), que representa perdas por interrupções no fornecimento. Os dados revelam que os polos de agricultura irrigada coincidem com regiões de maior ENS, especialmente em média tensão, prejudicando a produtividade das lavouras.

As interrupções na irrigação causadas por falta de energia podem comprometer ciclos produtivos inteiros, resultando em prejuízos econômicos expressivos para produtores e para o estado.

Para garantir o fornecimento de energia compatível com o avanço da irrigação, o estudo apresenta três ações principais:

Ajustes no PRODIST

Propõe a atualização dos Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica (PRODIST) para que contemplem a demanda da irrigação, com previsões de até 10 anos e inclusão da evolução geográfica das cargas.

Integração entre energia e irrigação

Recomenda alinhar o Plano Nacional de Irrigação com o planejamento energético, garantindo compatibilidade entre demanda agrícola e oferta de energia.

Articulação com o setor elétrico

Sugere a atuação coordenada entre o setor produtivo rural e os agentes do sistema elétrico (como EPE e distribuidoras), para um planejamento conjunto, eficiente e sustentável.

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