A empresa Imagem Eventos, que cancelou formaturas já pagas na Grande Cuiabá, protocolou um novo pedido de recuperação judicial na 1ª Vara Cível de Cuiabá. Em caso de nova negativa, pediu a decretação de sua falência.
Diante do exposto, determino a intimação da parte autora para que proceda à emenda da petição inicial
O primeiro pedido foi negado pelo juiz Márcio Aparecido Guedes, após a empresa não anexar os documentos necessários e declarar um valor de causa desproporcional à sua real situação financeira.
Em despacho publicado nesta quinta-feira (20), o magistrado deu prazo de 15 dias para que a empresa corrija a inicial. É que, de novo, a Imagem não anexou os documentos necessários para o andamento do processo.
“Diante do exposto, determino a intimação da parte autora para que proceda à emenda da petição inicial, no prazo de 15 (quinze) dias, juntando aos autos os documentos que comprovem o cumprimento dos incisos III, VI, VII e XI do artigo 51 da Lei nº 11.101/2005, bem como promova a retificação do valor da causa, para que corresponda ao montante total dos créditos sujeitos à recuperação judicial, nos termos do artigo 321 do Código de Processo Civil, sob pena de indeferimento da petição inicial”, determinou o juiz.
Na nova ação, a empresa culpou a pandemia da Covid-19 e reiteiradas decisões judiciais pela grave crise financeira.
“Com a eclosão da pandemia, o setor de eventos foi severamente impactado por restrições impostas por decretos estaduais e municipais, inviabilizando a realização dos eventos previamente contratados”, consta no despacho.
“Destacou, ainda, que decisões judiciais reiteradas impuseram prejuízos consideráveis, determinando a devolução quase integral dos valores pagos pelos formandos, sem considerar os custos operacionais já suportados pela requerente”, acrescenta o documento.
O caso
A crise envolvendo a Imagem Eventos começou no dia 31 de janeiro, quando a empresa cancelou diversas cerimônias de formatura, alegando dificuldades financeiras.
O anúncio pegou de surpresa turmas de cursos como Medicina, Odontologia, Direito e Nutrição, que já haviam quitado pacotes que variavam entre R$ 15 mil e R$ 30 mil por formando.
A empresa está em nome de Antônia Alzira Alves do Nascimento, mas era, na verdade, gerida pelo filho dela, Márcio Nascimento, e pela empresária Elisa Severino.