Dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), em abril, apontam que Mato Grosso exportou 169,85 mil toneladas de pluma, o maior volume para um mês de abril de toda a série.
Além desse registro, quando analisado o acumulado de exportação do ciclo da safra 2023/24 – entre agosto de 2024 e abril de 2025 –, o Estado já embarcou 1,52 milhão t de fibra ao exterior, aumento de 14,80% em relação ao mesmo período da safra 2022/23.
Como explicam os analistas do Imea, entre os principais destinos da pluma estadual, o Vietnã lidera o ranking de importadores, seguido por Paquistão e China.
Os analistas explicam que, Diante da posição da China no ranking, é possível afirmar que os embarques aquecidos têm sido sustentados, principalmente, pelas maiores compras oriundas do Vietnã, Paquistão e Bangladesh, uma vez que esses países já importaram – de ago/24 a abr/25 – um volume superior ao que foi visto no ciclo completo da safra 2022/23 (ago/23 a jul/24), enquanto o volume da China apresentou redução.
Cabe destacar que a menor demanda chinesa já era esperada, tendo em vista seus maiores estoques de pluma nesta safra.
A diversificação dos destinos da pluma de Mato Grosso pode manter o ritmo das exportações aquecido até o fim do ciclo, em julho deste ano.
MERCADO – A comercialização da pluma da safra 2024/25, em Mato Grosso, no mês de abril, atingiu 59,99% da produção estimada para o ciclo, apresentando um avanço de 2,84 pontos percentuais no comparativo mensal.
Os produtores têm aproveitado os melhores momentos para realizar suas vendas.
Dessa forma, o preço médio negociado em abr/25 ficou em R$ 139,30/@, alta de 1,42% em relação a mar/25.
A respeito das vendas da safra 2025/26, houve relatos de negociações pontuais no mês em análise, com avanço de 0,96 p.p. em abr/25 ante mar/25, alcançando 16,00% da produção estimada para a temporada.
No entanto, os analistas do Imea também chamam à atenção para o fato de os produtores exibiram cautela nas negociações deste mês (abr/25), tendo em vista o atual cenário de preços, o custo de produção elevado e as incertezas quanto à produção do ciclo.
Por fim, o preço das vendas de abr/25 ficou na média de R$ 137,21/@, recuo de 1,24% ante mar/25.