A prefeita de Várzea Grande, Flávia Moretti (PL), afirmou caminhar para um alinhamento com os vereadores do município. Segundo ela, “o pior já passou” na relação com o Legislativo.
Quero os vereadores como parceiros. Quero que eles fiscalizem, porque não vou conseguir estar nas 26 UBS, mas que estejam junto comigo
No início da gestão, Flávia se envolveu em embates diretos com o presidente da Câmara de Várzea Grande, Wanderley Cerqueira (MDB), que fez duras críticas à administração dela.
A relação conturbada se estendeu a outros vereadores, que também adotaram a postura de oposição. No entanto, a prefeita disse que os desentendimentos ficaram para trás.
“O pior já passou na Câmara. Entendo o Wanderley, entendo os vereadores que foram oposição a mim na campanha. Não me conheciam, eles não sabiam quem era a Flávia. E eu bati duro na campanha, ganhei porque bati duro, fui oposicionista mesmo”, afirmou em entrevista à rádio Jovem Pan Cuiabá.
Com a relação apaziguada, Flávia disse trabalhar para construir uma base sólida na Câmara.
Segundo ela, agora que alguns vereadores começaram a entendê-la, o diálogo tem sido mais fácil. E que a intenção é manter uma relação de parceria com os parlamentares.
“Sou gestora, quero trabalhar, quero fazer e quero acontecer e quero os vereadores como parceiros. Quero que eles fiscalizem, porque não vou conseguir estar nas 26 UBS [Centro de atendimento primário à saúde] ao mesmo tempo, não vou conseguir estar no Pronto Socorro, na UPA… Quero que eles fiscalizem, cumpram o papel deles, mas que estejam junto comigo”, disse.
Já com os vereadores que seguem na oposição, a prefeita afirmou que está de “portas abertas” caso queiram alinhar ideias.
Sem acordo
Flávia disse, ainda, que já conversou com Wanderly Cerqueira e agora mantém uma relação tranquila com o presidente da Casa de Leis. No entanto, o mesmo alinhamento não ocorreu com a vereadora Gisa Barros (PSB) e com Kleberton Feitoza (PSB).
“Eu só sentei com a Gisa, nós não conseguimos alinhamento, fico muito triste com isso, até por ela ser mulher, não gostaria de não ter esse alinhamento, gostaria de estar com ela. Mas é uma decisão dela, não posso obrigar ninguém a caminhar comigo. Feitoza é o jeito dele de ser, pelo visto colocou a bandeira de oposição”, completou.
