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Juiz decide que advogado vai a júri por morte no Lago de Manso

O juiz Leonísio Salles, da 1ª Vara Criminal de Chapada dos Guimarães, pronunciou o advogado Cleber Figueiredo Lagreca pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e fraude processual. Com a decisão, ele será julgado pelo Tribunal do Júri. Lagreca é acusado de matar a empresária Elaine Stellato enquanto os dois passeavam de lancha no Lago do Manso, em 19 de outubro de 2023. 

De fato, pelos documentos – laudo e depoimentos das médicas peritas, relatando de que não foi um simples afogamento

 

O advogado foi indiciado com agravantes como motivo torpe, uso de asfixia, impossibilidade de defesa da vítima, feminicídio e violência doméstica. 

 

“Com relação à autoria delituosa, averiguando os depoimentos colhidos em audiência, somado ao vasto material probatório, constato a existência de indícios suficientes a demonstrar que o réu foi o autor do crime de homicídio em face da vítima Elaine Stelatto Marques”, afirmou o magistrado. 

 

Lagreca segue negando ter cometido o crime e alega que Elaine morreu em um acidente durante o passeio de lancha. 

 

A perícia, no entanto, apontou múltiplas lesões no corpo de Elaine, que sugerem violência e sinais de asfixia mecânica, que é quando alguém é sufocado de forma física. Os resultados contradizem a versão do acusado. 

 

“De fato, pelos documentos – laudo e depoimentos das médicas peritas, relatando de que não foi um simples afogamento, como narrado pelo réu e sua defesa técnica, não há como ir por outro caminho a não ser pela pronúncia de Cleber Lagreca de Figueiredo”. 

 

Já sobre a acusação de fraude processual, o juiz alegou “versões conflitantes e potencialmente manipuladas”, com o objetivo de enganar a perícia e o juiz. 

 

“Nesta seara de cognição não exauriente, que se admite somente a análise de indícios de autoria e materialidade, com base nos relatórios técnico-periciais e depoimentos fornecidos, é possível identificar elementos que podem fundamentar a pronuncia de fraude processual (art. 347 do Código Penal) contra o Sr. Cléber Figueiredo Lagreca, com o fim de induzir a erro o juiz ou o perito”, diz trecho do documento. 

 

Acusado de estupro

 

O advogado havia sido denunciado também por estupro, mas na decisão o magistrado absolveu Cleber da acusação. 

 

“A denúncia é improcedente neste ponto e o réu será impronunciado pelo crime de estupro. Não há menção nos documentos a outros vestígios que comprovariam materialmente o estupro, como por exemplo, a presença de material genético do acusado (sêmen) em quantidade ou local que inequivocamente indicasse uma relação sexual forçada e recente”, diz trecho do documento. 

 

O advogado Eduardo Mahon, que atua na defesa de Lagreca, considerou importante a improcedência parcial da denúncia e disse que irá recorrer quanto à pronúncia relativa ao homicídio. 

 

“O magistrado foi bastante equilibrado ao descartar o estupro porque está mais que provado que se tratava de um relacionamento amoroso absolutamente consensual e, quanto ao homicídio, certamente o Poder Judiciário concluirá da mesma forma. Trata-se de incidente fatídico como outros tantos ocorridos no mesmo local”, disse.

 

O caso 

 

A empresária foi morta no dia 19 de outubro de 2023, no Lago do Manso, em Chapada dos Guimarães. 

 

Cleber e Elaine passaram aquele dia juntos. Na época, o advogado apresentou uma versão que não convenceu a Polícia.

 

Cleber disse que houve um defeito mecânico no motor da lancha em que estavam. 

 

A embarcação estava sendo guinchada quando, segundo ele, Elaine resolveu “tomar banho com a embarcação em movimento e com uma corda amarrada na cintura”, diz trecho do B.O. da época do crime.

  

Ela teria se “desequilibrado com as ondas da água e se afogado”.

 

O advogado foi preso em setembro de 2024, e a caçada contra ele durou dois dias e contou com abandono de carro, fuga a pé e varredura em hotéis de Cuiabá. 

 

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