O deputado estadual Júlio Campos (União) afirmou ser “natural” que secretários do Governo queiram disputar cargos políticos nas eleições de 2026.
Há no Governo do Estado alguns secretários que tem plenas condições de vir para vida pública
“O cara que é técnico está mudando para político, é natural, faz parte da democracia. […] Há no Governo do Estado alguns secretários que estão fazendo um bom trabalho, que tem plenas condições de vir para vida pública”, disse em entrevista à imprensa.
Especula-se que pelo menos sete membros do Palácio Paiaguás estejam trabalhando para lançar candidaturas no próximo ano. O grupo almeja ocupar cargos tanto na Câmara Federal quanto Assembleia Legislativa.
O governador Mauro Mendes (União) já disse não ver problema em parte de seu staff estar cogitando entrar para a política. Porém, essa possibilidade tem incomodado alguns parlamentares que pretendem tentar a reeleição.
Um dos receios dos deputados seria do secretariado usar o cargo para fins eleitorais, tendo em seu poder a máquina pública.
Questionado, Júlio afirmou que aqueles que estiverem incomodados poderiam tentar um acordo com o governador para antecipar a dispensa dos secretários.
“Se a Assembleia quiser, pode acertar com governador para eles se afastarem no dia 31 de dezembro agora, para evitar um jogo desigual. Fazer um acordo, governador como já foi feito no passado, para o secretário que fosse disputar a eleição se afastasse no último dia do ano anterior a eleição”, disse.
No entanto, o Júlio negou a possibilidade de encabeçar esse acordo e afirmou não se sentir ameaçado pelos possíveis novos nomes na disputa. Ele, inclusive, disse ser favorável a vinda de mais membros ao União Brasil para que o partido fizesse mais cadeiras na Assembleia.
“Eu não tenho medo. Um candidato que tem medo de disputar a eleição, de pedir voto, não deve ser candidato. Já disputei oito eleições, perdi duas, ganhei seis e posso disputar mais uma ou mais duas, dependendo da minha saúde, e não tenho medo de disputar. Eleição faz parte, se ganha ou perde”, disse.
“Eu gostaria que tivesse mais gente para nós fazermos em vez de quatro, cinco ou oito deputados estaduais e quatro federais. Como no passado era o nosso PFL, o nosso DEM”.
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