A Justiça prorrogou a prisão temporária dos seis suspeitos de envolvimento no homicídio do advogado Renato Nery, presos em março, na Operação Office Crime – A Outra Face, da DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa), em Cuiabá.
A decisão é de quarta-feira (2), do Nipo (Núcleo de Inquéritos Policiais). Os suspeitos foram notificados da decisão nesta quinta-feira (3), pela DHPP, nos batalhões e no presídio onde estão detidos.
Os investigados são os PMs da Rotam Leandro Cardoso, Wailson Alessandro Medeiros Ramos, Wekcerlley Benevides de Oliveira e Jorge Rodrigo Martins, e o caseiro Alex Roberto de Queiroz Silva, que foram presos no dia 6 de março. Já o ex-Rotam, Heron Teixeira Pena Vieira, se entregou na DHPP no dia 7 do mesmo mês.
Conforme apurado pela reportagem, todos os cinco militares se recusaram a dar declarações durante as oitivas na delegacia, reservando-se ao direito de falar em juízo. Apenas o caseiro Alex Roberto, apontado como autor dos disparos que mataram Nery, falou com a Polícia.
O pedido de prorrogação das prisões, que venceriam no próximo sábado, 6 de abril, foi feito pelo delegado responsável pelo caso, Bruno Abreu, no final de março. As novas ordens têm o prazo de 30 dias.
A investigação do caso continua em curso, sendo ainda necessárias oitivas de testemunhas e, principalmente, a busca pelo mandante do homicídio.
Nesta etapa da investigação, também será individualizado o papel de cada um dos suspeitos no crime, assim como identificar se existem outros participantes, policiais ou civis, no assassinato.
Morto a tiros
O homicídio de Nery ocorreu em 5 julho do ano passado, em frente a seu escritório, em Cuiabá.
Ele foi baleado diversas vezes na cabeça, chegou a ser internado e passou por cirurgia, mas faleceu no dia seguinte.
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