Um morador de Campo Novo do Parecis, a 388 km de Cuiabá (MT), é um dos investigados na Operação Fake Monster, deflagrada neste sábado (3) pela Polícia Civil do Rio de Janeiro em parceria com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab). A ação teve como objetivo desarticular um grupo extremista que planejava um ataque à bomba no show da cantora Lady Gaga, realizado na Praia de Copacabana (RJ).
Segundo as autoridades, o grupo se articulava por meio de plataformas digitais, onde disseminava discurso de ódio e incentivava crimes contra crianças, adolescentes e o público LGBTQIA+. O plano, tratado como um “desafio coletivo”, previa o uso de explosivos improvisados e coquetéis molotov com o intuito de obter notoriedade nas redes sociais.
O mandado cumprido em Mato Grosso fez parte de um total de 15 ordens de busca e apreensão executadas também nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul, incluindo as cidades de Niterói, Duque de Caxias, Macaé, Cotia, São Vicente, Vargem Grande Paulista e São Sebastião do Caí.
Nos locais alvos da operação foram apreendidos dispositivos eletrônicos e outros materiais que serão periciados. A polícia afirma que os envolvidos promoviam a radicalização de adolescentes, além de conteúdos de automutilação, pedofilia, terrorismo e induzimento ao crime.
Durante as diligências, um homem foi preso em flagrante no Rio Grande do Sul por porte ilegal de arma de fogo, e um adolescente apreendido no Rio de Janeiro por armazenamento de pornografia infantil. Em Macaé, outro suspeito foi alvo de um mandado por planejar ataques e fazer ameaças de matar uma criança ao vivo pela internet.
A operação foi articulada com base em um alerta da Subsecretaria de Inteligência da Polícia Civil do RJ, que resultou na elaboração de um relatório técnico do Ciberlab/Senasp. As investigações seguem em andamento para identificar e responsabilizar todos os envolvidos.