O papa Francisco, 88, morreu de AVC (acidente vascular cerebral) e insuficiência cardíaca, segundo o boletim médico divulgado pelo Vaticano na tarde desta segunda-feira (21).
De acordo com o atestado de óbito assinado pelo médico do Vaticano Andrea Arcangeli, o papa entrou em coma e teve um colapso cardiorrespiratório irreversível às 7h35 no horário local (2h35 do horário de Brasília).
Francisco tinha histórico de insuficiência respiratória aguda, causada por pneumonia bilateral, múltiplas bronquiectasias (dilatação dos brônquios), hipertensão e diabetes tipo 2.
Foi a pneumonia que o levou a ser hospitalizado em 14 de fevereiro, a quarta e mais longa internação desde sua eleição em 2013.
Durante o período, o papa sofreu diversas crises respiratórias. Uma semana depois, ele teve crise asmática prolongada e também recebeu transfusão de sangue devido a uma trombocitopenia (diminuição das plaquetas) associada a uma anemia.
Em março, Francisco sofreu dois episódios de insuficiência respiratória aguda, causados por um acúmulo de líquido no pulmão, seguido por broncoespasmos.
O papa já teve problemas respiratórios quando jovem. Aos 21 anos, quase morreu de pleurisia, inflamação da camada de tecido fino que reveste os pulmões, e precisou retirar o lobo superior do pulmão direito.