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PF: suposto operador de lobista de MT jogou celular pela janela

Um dos alvos de busca e apreensão pela Polícia Federal na semana passada sob suspeita de ser operador financeiro de um esquema de compra de decisões judiciais, Diego Cavalcante Gomes tentou, de acordo com a investigação, destruir provas jogando seu telefone celular pela janela de sua casa e acionando um personal trainer para ajudar a esconder o aparelho. Por isso, diz a PF, ele acabou sendo alvo de prisão preventiva na Operação Sisamnes.

 

Diego informou à equipe que seu celular estaria em conserto na loja da Apple no Shopping Iguatem

A PF descreve em detalhes o episódio em um relatório da operação deflagrada no último dia 13. Os agentes chegaram às 5h50 à portaria do condomínio onde Diego mora, em uma região administrativa de Brasília.

 

Quando os policiais se identificaram na porta da casa dele, houve uma demora, segundo a polícia, para que fosse aberta a porta. Nesse intervalo, eles dizem ter ouvido o barulho de um estrondo, sem identificar exatamente o que havia ocorrido.

 

Depois que Diego abriu a porta, ele disse aos policiais que seu telefone celular havia sido entregue para conserto em uma loja, por isso não estava de posse do aparelho.

 

“Indagado sobre o seu aparelho celular, Diego informou à equipe que seu celular estaria em conserto na loja da Apple no Shopping Iguatemi desde sábado (dia 10/5/2025). Perguntado onde estaria a nota de serviço do conserto, Diego informou que acreditava que estaria no escritório de advocacia que trabalhava, mas não nos informou qual seria esse escritório, muito menos seu endereço”, diz trecho de relatório da PF sobre a ação.

 

Na residência, foram apreendidos o telefone celular da esposa dele e três veículos, sendo dois da marca Porsche e um T-Cross. Mas os policiais ficaram desconfiados da informação de que Diego não tinha o celular em mãos.

 

Após a ação, decidiram verificar se o aparelho havia sido arremessado até alguma das casas na vizinhança. Quando bateram nas residências ao fundo da casa de Diego, descobriram, segundo a PF, que um homem tinha passado por lá havia pouco tempo procurando um celular. Foi então que os policiais federais constataram que a esposa de Diego havia telefonado para o personal trainer dele com o objetivo de buscar o celular e escondê-lo.

 

De acordo com o relato dos vizinhos, segundo a PF, o personal até mesmo inventou uma mentira para justificar a busca pelo aparelho: disse que brigou com a esposa e por isso ela teria jogado seu telefone pela janela.

 

Um desses vizinhos, de acordo com o documento da PF, “relatou que um rapaz com roupa de academia —de “personal trainer”— interfonou na sua casa, por volta das 8h, e solicitou o ingresso à sua residência, sob o argumento de que teria brigado com a esposa e ela havia arremessado o celular em direção ao ‘quintal’ da casa”. O vizinho permitiu a entrada e “inclusive emprestou uma escada para que o homem pudesse realizar a busca também no telhado”.

 

Reprodução

operacao

Carro do personal trainer se locomove na contramão até as casas que ficam nos fundos da residência de Diego Cavalcante

Quando os policiais verificaram as imagens da portaria, descobriram que o personal trainer havia entrado no condomínio às 7h42 e se locomovido na contramão até as casas que ficavam nos fundos da residência de Diego para, de acordo com a PF, tentar achar o celular.

 

Por causa desses fatos, a Polícia Federal pediu ao relator do caso, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Cristiano Zanin, a prisão preventiva dos dois. No dia seguinte, voltaram ao condomínio e prenderam Diego Cavalcante por obstrução de Justiça. A PF também executou nova busca e apreensão, mas não encontrou o celular de Diego na nova diligência.

 

Procurada, a defesa de Diego reiterou que seu telefone celular estava em conserto na assistência técnica e disse que iria juntar nos autos a nota fiscal com a data do serviço, para comprovar que seu cliente tinha falado a verdade. A defesa diz que a versão de que ele se desfez do celular é uma ilação que não está comprovada.

 

As suspeitas

 

A investigação da PF chegou até o nome de Diego Cavalcante após detectar que ele recebeu transferências bancárias no valor de R$ 6,5 milhões da empresa Florais Transportes, pertencente ao lobista  Andreson de Oliveira Gonçalves. Andreson está preso desde novembro sob suspeita de corrupção no Judiciário. Após receber os repasses, Diego sacou cerca de R$ 3,3 milhões em dinheiro vivo.

 

A suspeita da PF é que Diego seria um dos operadores financeiros usados pelo lobista para pagamento de propina a agentes públicos em Brasília.

A defesa dele nega irregularidades e diz que ele é empresário, sem atuação ilícita.

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