A Politec (Perícia Oficial de Identificação Técnica) realizou, na noite de sexta-feira (25), uma perícia técnica na casa em que a adolecente Heloysa Maria de Alencastro Souza, de 16 anos, foi asfixiada até a morte, localizada no Bairro Morada do Ouro, em Cuiabá.
A perícia técnica aqui no local é fundamental para a polícia entender a dinâmica dos fatos e ajudar a esclarecer a participação de cada envolvido na ação criminosa
A perícia teve início por volta das 20h e foi realizada como parte dos procedimentos técnicos necessários para auxiliar na elucidação da dinâmica do crime.
Durante os trabalhos, os peritos retiraram do local objetos como garrafas, copos e lençol, que foram encaminhados para análises laboratoriais.
Os peritos usaram luminol, um reagente químico capaz de detectar vestígios de sangue, mesmo aqueles que são invisíveis a olho nu, em diversas superfícies da casa.
Vídeos, divulgados pela defesa da família, mostram parte da residência e também o quarto em que Heloysa foi assassinada.
O cômodo aparece no vídeo com almofadas jogadas no chão, um lençol cobrindo apenas parte da cama e o painel de madeira parafusado em frente dela sem a TV.
A advogada da família, Renata Cristaldo da Silva Alencastro, que também é tia da vítima, acompanhou a perícia e destacou a importância do trabalho técnico.
“A perícia técnica aqui no local é fundamental para a polícia entender a dinâmica dos fatos e ajudar a esclarecer a participação de cada envolvido na ação criminosa”, afirmou.
A mãe de Heloysa, Suellen de Alencastro Arruda, também foi violentamente espancada na casa da família, mas conseguiu sobreviver.
Veja:
O crime
Heloysa foi morta por asfixia com um cabo USB e jogada enrolada em um lençol em um poço do Bairro Ribeirão do Lipa. O assassinato da jovem aconteceu na noite de terça-feira (22), no Bairro Morada do Ouro, na residência dela. Seu corpo foi encontrado durante a madrugada de quarta-feira (23).
O ex-servidor Benedito Anunciação de Santana, padrasto da jovem, é acusado de ter orquestrado o assassinato de Heloysa e da mãe dela, sua companheira, Suellen de Alencastro Arruda, que foi violentamente espancada e sobreviveu.
Gustavo Benedito Júnior Lara de Santana, de 18 anos, filho de Benedito, teria participado da ação e contratado dois amigos para executar o crime.
A principal hipótese da Polícia é que o crime tenha sido motivado por uma briga entre Benedito e Suellen, que aconteceu horas antes do crime, motivada por ciúmes.
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