O secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo, esclareceu a polêmica envolvendo o fechamento do Hospital Estadual Santa Casa, que funciona há mais de 200 anos em Cuiabá. O Governo do Estado anunciou que deixará de administrar a unidade após a abertura do Hospital Central, no final do ano.
Não é um patrimônio do Governo do Estado. Nós pagamos um aluguel pela utilização daquelas instalações. Nós devolveremos ao TRT
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, todos os procedimentos hoje lá realizados seriam supridos pela nova unidade e as demais já em funcionamento, tornando o gasto com a Santa Casa muito elevado ao Estado. Gilberto esclareceu que o patrimônio pertence ao Tribunal Regional do Trabalho, que administra a massa falida da Santa Casa.
“Quem decide o destino daquele patrimônio é o TRT, não o Estado. O Governo está sinalizando para o TRT que deveremos utilizá-lo até o final desse ano [o Hospital Central entra 100% em operação em dezembro]. Depois disso, a gente devolve essas instalações e aí a destinação depende desse encaminhamento do TRT”, disse em entrevista ao MidiaNews.
Segundo o secretário, o Governo do Estado fez uma requisição administrativa para manter o local aberto, após a instituição filantrópica anunciar falência em 2019. Com isso, a unidade foi o primeiro hospital estadual na Capital.
“Então é uma requisição administrativa, não é um patrimônio do Governo do Estado. Nós pagamos algo parecido com um aluguel pela utilização daquelas instalações. Nós devolveremos aquele patrimônio a quem tiver de direito, no caso quem está administrando, o TRT”, afirmou.
Na entrevista, Gilberto também falou sobre o chamado de aprovados em concurso, a inauguração do Hospital Central, o atraso nas obras de hospitais regionais no interior de Mato Grosso e seus planos políticos para as eleições de 2026.
Confira os principais trechos da entrevista (e a íntegra do vídeo abaixo da matéria):
MidiaNews – Nos próximos meses o novo Hospital Central de Cuiabá será inaugurado. O que e população pode esperar desta nova unidade?
Gilberto Figueiredo – Um serviço de excelência. É um hospital que é aguardado há quatro décadas, que teve seu início 38 anos antes de nós chegarmos e agora no nosso governo vai se transformar em realidade.
É um hospital vocacionado à alta complexidade e para resolver uma série de gargalos que nós ainda temos na saúde, com procedimentos que são realizados fora do nosso Estado. Para essa importante missão nós contratamos o número 1 no país, o Albert Einstein.
O que a população pode esperar do Hospital Central é um serviço de excelência, resolutivo e com muita qualidade para os cidadãos que aqui vivem.
MidiaNews – Acha que a gestão pelo Albert Einstein pode elevar o patamar do atendimento público no Estado?
Gilberto Figueiredo – Primeiro que já é um hospital de excelência, classificado como o número 1 do país, o número 1 da América Latina. Está entre os 22 melhores hospitais do Mundo.
Então, as boas práticas exercidas pelo Einstein nas diversas unidades que ele administra hoje são também preconizadas aqui no nosso Hospital Central. Por isso nós temos certeza absoluta que os procedimentos que serão adotados na gestão desse hospital são de acordo com as melhores práticas na área da saúde e por isso o serviço será de excelência.
MidiaNews – Qual o tamanho do investimento do Governo nesse hospital? O Estado tem caixa para manter a unidade?
Gilberto Figueiredo – Saúde sempre é bastante pesada e requer investimento grande. O Governo do Estado, na edificação e para equipar o hospital, está gastando algo na ordem de R$ 513 milhões.
O seu custo operacional, quando chegarmos a dezembro, que é o prazo que nós temos para ele estar 100% em funcionamento, é na ordem de R$ 27 milhões por mês. Então é importante que a população entenda que é um investimento necessário para suavizar os custos que temos hoje com judicialização, com tratamento fora do domicílio, etc..
Saúde não é barata e o Governo do Estado colocou como prioridade melhorar a assistência, por isso faz esse importante investimento no Hospital Central. Mas não só lá, estamos construindo seis novos hospitais no Estado.
Nós estamos construindo mais quatro hospitais regionais, que nascem maior do que os hospitais que nós temos hoje. São hospitais bem estruturados, modernos e um deles inauguramos até o final desse ano, que é o novo Hospital Regional de Alta Floresta.
No ano que vem entregamos praticamente todos: o de Confresa, de Juína e o de Tangará da Serra.

Nós gostaríamos que não tivesse, mas há atrasos nas obras. Hoje o Governo tem um portfólio de investimento muito alto, o que está requerendo muito das construtoras
MidiaNews – Todos estes que estão sendo construídos no interior estão com as obras dentro do cronograma previsto?
Gilberto Figueiredo – Não. Nós gostaríamos que não tivesse, mas há atrasos nas obras. Hoje o Governo tem um portfólio de investimento muito alto, o que está requerendo muito das construtoras disponíveis, seja para a área da infraestrutura, da saúde, da educação.
Então, estamos encontrando dificuldade nesse mercado, por isso as obras não estão num ritmo como nós gostaríamos que estivesse.
O Hospital de Alta Floresta é o único que está dentro do cronograma e que vai finalizar até dezembro. Os outros estão com pequeno atraso, por isso tivemos que passar as inaugurações para o próximo ano.
Mas não são só esses investimentos que estamos fazendo na Saúde. Todos os nossos hospitais estão em reforma, as nossas unidades especializadas estão em reforma ou em construção. Infelizmente, não há construtoras em número e em qualidade para atender esse ritmo que é empreendido.
MidiaNews – Então podemos atribuir esse atraso à escassez de mão de obra qualificada no Estado?
Gilberto Figueiredo – Sem dúvida. As construtoras estão tendo que importar trabalhadores de outros estados, não é um problema de fluxo financeiro. O governo Mauro Mendes estabeleceu uma premissa desde o início da gestão que nós só iríamos lançar obra que nós tivéssemos certeza absoluta e recursos em caixa para honrar com os compromissos.
Não é problema de fluxo financeiro do Governo, mas tem a ver com o ritmo e a capacidade das construtoras, por isso tem alguns projetos que estão um pouco atrasados.
MidiaNews – Na semana passada, a Secretaria nomeou mais 157 aprovados no último concurso. Há previsão de novos chamados?
Gilberto Figueiredo – Esse foi um concurso realizado num regime de cadastro-reserva, ou seja, todos os participantes do concurso que atingiram nota superior a 50% estão classificados numa lista reserva, o que não obriga o Governo do Estado a nomear todos, mas que permite convocá-los de acordo com as necessidades.
O concurso, quando foi lançado, previa 406 vagas e nós já nomeamos os 406, mas todos aqueles classificados poderão, a qualquer momento, dentro das necessidades da SES, serem convocados.
É um concurso que tem validade de dois anos, prorrogável por mais dois, então com certeza outros deverão ser nomeados nos próximos meses e nos próximos anos, de acordo com a necessidade da Secretaria.
MidiaNews – Muito tem se falado no destino da Santa Casa. O que se sabe é que o Governo não vai mais gerir aquele hospital. E qual é o destino dele?
Gilberto Figueiredo – Bom, é importante frisar que eu fui o principal responsável para levar ao governador Mauro Mendes uma proposta que era de reabertura da Santa Casa quando ela esteve paralisada e fechada.

Nós já nomeamos os 406, mas todos aqueles classificados poderão, a qualquer momento serem convocados
Uma requisição administrativa foi a solução que nós utilizamos para que o Governo pudesse abrir o primeiro hospital estadual na Capital, já que naquela época nós não tínhamos nenhum. Então lá é uma requisição administrativa, não é um patrimônio do Governo do Estado, nós pagamos algo parecido com um aluguel pela utilização daquelas instalações.
Como a Santa Casa de Misericórdia faliu, hoje essa massa falida é administrada pelo Tribunal Regional do Trabalho, que administra todas as dívidas deixadas pela instituição e também as receitas, como esse aluguel que nós pagamos mensalmente.
Então quem determina o que será feito com aquele patrimônio é hoje o TRT. Com a inauguração do Hospital Central, o Governo do Estado deixará de utilizar aquelas instalações porque quase todas as atividades lá realizadas migram, sejam para o Hospital Central, para o Hospital do Câncer ou para o Hospital Geral.
Nós devolveremos aquele patrimônio a quem tiver de direito, no caso quem está administrando, o TRT. E aí o TRT pretende leiloar aquelas instalações para honrar os compromissos, principalmente os trabalhistas, deixados por aquela antiga instituição.
Então quem decide o destino daquele patrimônio é o TRT, não o Estado. O Governo está sinalizando para o TRT que deveremos utilizá-lo até o final desse ano [o Hospital Central entra 100% em operação em dezembro].
Depois disso, a gente devolve essas instalações e aí a destinação depende desse encaminhamento do TRT. A princípio já divulgou que vai a leilão. Os que têm preferência para fazer essa aquisição é o Governo Federal, Estadual e o município de Cuiabá.
Ouvi recentemente o prefeito Abilio dizendo do seu interesse em transformar aquela unidade em um hospital municipal. Nós estamos aguardando a manifestação dele para ver se via Estado algo possa ser feito para ajudar nessa empreitada, mas o que nós temos hoje certeza é que o Estado deixa de administrar essa unidade.
MidiaNews – Na prática, como seria essa ajuda que o Estado poderia dar à Prefeitura? Doação dos equipamentos, por exemplo?
Gilberto Figueiredo – Isso é possível, pois é um hospital estruturado, pronto para funcionar. Isso depende da interlocução, mas o município tem gestão plena de saúde, então cabe ao prefeito e à secretária municipal de Saúde se manifestar e fazerem os seus pleitos junto ao TRT.
Oficialmente eu não tenho esse posicionamento do município ainda.

Eu torço para que haja uma solução, para que dê continuidade no atendimento, pois é uma instalação de suma importância
MidiaNews – Não teme que uma instituição tão importante quanto a Santa Casa feche as portas?
Gilberto Figueiredo – Olha, não é o ideal. É um hospital importante para a Baixada Cuiabana e para o Estado de Mato Grosso, então eu torço para que isso não aconteça.
Eu torço para que haja uma solução, para que dê continuidade no atendimento, pois é uma instalação de suma importância para o município. A Santa Casa hoje tem uma estrutura que poucas unidades de saúde têm no Estado.
São dez salas cirúrgicas e estruturadas. O Governo, durante o período que está se utilizando dela, tem feito mudanças significativas de melhoria. O que é tombado desse hospital é apenas a fachada.
Nós não sabemos se no momento que for a leilão poderá haver interesse de outras instituições privadas. A Santa Casa é muito mais estruturada que o Hospital São Benedito e poderia ser útil ao município.
MidiaNews – Como está a relação da SES com a administração municipal de Cuiabá sob a gestão Abilio Brunini? Há parcerias?
Gilberto Figueiredo – Bastante republicana. Desde o primeiro momento, quando Abilio assumiu, ele deixou claro em visita ao governador que gostaria de ter uma relação convergente e harmônica com o Governo do Estado e assim tem sido.
Estive atendendo a solicitação do prefeito quando inúmeros pacientes estavam represados e internados no HMC e o Estado resolveu fornecendo as próteses necessárias para fazer as cirurgias, depois faltou soro na rede municipal, que no início da gestão estava desabastecida, nós prestamos socorro, então é mantida uma relação bastante harmônica.
É muito melhor do que já tivemos no passado com a antiga gestão municipal.
MidiaNews – O senhor foi candidato a deputado estadual na eleição passada e ficou como suplente. Pretende se candidatar novamente no ano que vem?
Gilberto Figueiredo – Eu sempre quis ser deputado estadual. Então não minto a respeito desse assunto. Não fui candidato simplesmente para figurar ou qualquer outro motivo. Eu queria ser deputado e fui muito bem votado.
Agradeço aos 28 mil mato-grossenses que votaram em mim. Eu tive mais voto que 11 deputados eleitos. Mas, pela regra do jogo, o meu partido era um partido que tinha grandes expoentes na política e eu fiquei em quinto lugar, como primeiro suplente do partido.
Nesse momento eu coloquei como prioridade me dedicar muito mais à área da Saúde para fazer as entregas substanciais que temos que fazer. Mas, se tudo correr bem e se for a vontade de Deus, muito provavelmente no ano que vem eu tentarei novamente uma candidatura a deputado estadual.
MidiaNews – O senhor está no União Brasil, que recentemente se uniu em uma federação com o PP. Algumas lideranças tem admitido preocupação com a formação das chapas de federal e estadual, por ter muitos nomes fortes no grupo. O senhor em esse receio para 2026?
Gilberto Figueiredo – Olha, preocupante é, mas é muito cedo pra chegar nessa conclusão. Nós estamos a quase 10 meses do período obrigatório em que você precisa definir em que partido vai estar. Essa conjuntura vai clareando na medida em que há essa movimentação entre os políticos.
Já fui convidado para sair do União Brasil e ir para outros partidos. O que parece ser um fortalecimento desses dois times, também pode significar uma ameaça para alguns candidatos.
Nas primeiras reuniões que o nosso partido tem realizado, inclusive junto com o PP, existe essa preocupação da dificuldade de montar uma chapa quando o time fica forte demais. Mas isso é muito precoce. Vou fazer bastante conta, vou analisar e lá pelo mês de março, que é o prazo limite para migrar de partido, eu tenho uma avaliação.
Eu espero que a federação venha mais para fortalecer do que para criar mais fragilidade.
Victor Ostetti/MidiaNews
GIlberto Figueiredo disse esperar que Santa Casa não paralise atendimentos, apesar de saída do Estado
MidiaNews – De qual partido o senhor já recebeu convite?
Gilberto Figueiredo – Eu prefiro não adiantar isso. Estou no União, que é o partido do nosso governador e não pretendo deixá-lo, salvo se, nessa análise que fizer em março, eu entenda que tenho mais possibilidade em outro partido.
Se na eleição passada eu tivesse migrado de partido, muito provavelmente estaria eleito. Eu saí muito melhor do que muitos que estavam em alguns partidos.
Eu fiz uma opção, arrisquei, infelizmente não deu certo, ou melhor, deu certo, porque eu não era nada e hoje sou o primeiro suplente do partido. Então não posso me considerar um derrotado.
MidiaNews – Outros políticos fortes, como Dilmar Dal’Bosco e o Coronel Assis, já estão trabalhando para deixar o partido para viabilizar uma reeleição no próximo ano. Pode haver essa debandada?
Gilberto Figueiredo – Eu não sinto isso. É claro que tem alguns que pegaram carona e se aproveitaram do partido, como foi oportuno na última eleição, e nunca estiveram muito presentes dentro do partido. Então esses muito provavelmente possam procurar outra oportunidade em outro partido.
MidiaNews – O senhor está se referindo a esses dois que eu citei?
Gilberto Figueiredo – Não, o deputado Dilmar Dal’Bosco é líder do governador, é nato do nosso partido. Eu nunca vi ele se manifestando com vontade de deixar a sigla.
O que eu vejo de todos no partido é uma vontade de fortalecer e continuar juntos, mas tem muita especulação, é natural que essas conversas existam agora, mas eu não vejo de bandada do partido.
Fortalecer, às vezes, você precisa trazer novos expoentes que possam melhorar a performance na próxima eleição.
MidiaNews – O senhor disse que há deputados que não tem comprometimento e usaram do partido para se eleger. A quem se refere?
Gilberto Figueiredo – Acho que isso aconteceu principalmente no caso da esfera federal. Hoje, por exemplo, nós temos parlamentares que sequer estão fazendo rodízio, dando oportunidade para o suplente.
Nenhum candidato foi eleito sozinho. Todos os votos contribuem para a eleição daqueles que estão aí, porque se fosse individualmente, nenhum atingiu a performance necessária para ser eleito.
Às vezes é muito oportunismo na hora da eleição, depois praticamente não atua como um bloco fiel ao partido.
MidiaNews – Uma das queixas de deputados estaduais com secretários candidatos é que os secretários podem ter muito mais visibilidade e por isso mais vantagem em uma eleição. Com tanta entrega na Saúde prevista para o ano que vem, espera ver muita ciumeira de deputado?
Gilberto Figueiredo – É engraçado. Primeiro, nem todos que estão lá nasceram no parlamento, eles também passaram pelo Executivo. O presidente da Assembleia foi prefeito, o deputado Júlio Campos foi prefeito, tantos outros foram prefeitos. Quer dizer que quem está no Executivo não pode pensar em ir para o Legislativo? O inverso pode?
É uma preocupação pequena, rasa, desnecessária. A legislação já previu o que fazer para evitar esse tipo de coisa, que é a obrigação de quem está no Executivo se afastar seis meses antes da eleição.
Quem tem mais condições de fazer uma campanha? Quem está na Assembleia Legislativa, que tem uma estrutura à sua disposição, que tem uma equipe grande de servidores, que tem condição de se mover no Estado com remuneração durante as eleições ou um ex-secretário que vai estar desempregado, que não tem estrutura, que tem que arcar com todas as suas despesas para fazer isso?
MidiaNews – O governador Mauro Mendes tem defendido que o candidato do grupo seja o vice Otaviano Pivetta (Republicanos). E o senhor?
Gilberto Figueiredo – Sim, eu acho que é uma consequência natural. Sempre foi assim, normalmente o vice é o candidato da vez.
O vice-governador Otaviano Pivetta tem uma relação de lealdade com o governador Mauro Mendes em três eleições. Ele está sendo um grande vice, um apoiador do governo e a ele também se credita muito do sucesso dessa gestão.
Ele é o maior potencial que nós temos nesse momento para concorrer. Eu tenho uma relação muito estreita, muito harmônica, eu sou amigo pessoal do vice. E se for essa a decisão do meu partido, estarei ao lado dele e vou me empenhar para que ele possa ser eleito governador.
MidiaNews – Não teme que haja um racha no grupo, já que lideranças de seu partido, como o senador Jayme Campos, querem candidatura própria?
Gilberto Figueiredo – Seria ruim e desconfortável. O senador Jayme Campos também é um grande líder, tem direito de pleitear a candidatura e eu espero que essa decisão venha ser bastante harmônica dentro do partido.
Qualquer membro do partido pode colocar o seu nome à disposição para uma candidatura majoritária, não vejo erro na vontade do senador. O que eu digo é que a decisão tomada pelo nosso partido, se lá eu estiver, é aquela que eu vou acompanhar.
Eu não deixei o partido nas últimas eleições por fidelidade, mas espero que não haja rusga nessa discussão. Como disse, nós temos um grande tempo pela frente até essa decisão e eu acredito que nós vamos buscar a harmonia necessária, com grandes candidatos no nosso time.
MidiaNews – Na opinião do senhor, qual será seu maior legado à frente da Saúde?
Gilberto Figueiredo – Sem dúvida nenhuma é ter melhorado a infraestrutura da Saúde. As instalações da própria sede eram precárias, insalubres, uma vergonha.
Nós recebemos uma Secretaria de Saúde que devia R$ 600 milhões, praticamente para todos os fornecedores e para todos os 141 municípios da época, além de ter servidores sem receber.
Era um caos estabelecido. Nós estamos comemorando 77 meses de rigorosa adimplência com os repasses municipais e pagamos as dívidas que tínhamos, além de honrar os compromissos obrigatórios para o governo.
Já transferimos em auxílio extraordinário quase R$ 2 bilhões auxiliando municípios na estruturação de unidades de saúde, reforma de hospitais e construção de novos hospitais municipais. Todas as unidades de saúde administradas pelo Governo do Estado ou já foram 100% reformadas ou estão sendo reformadas ou são edificações novas.
É uma lufada de entrega na área da saúde. De todas, o Hospital Central é o maior legado para Mato Grosso, não apenas para Cuiabá. Por ser um hospital vocacionado, de alta complexidade, por ser o hospital que vai fazer transplante, que vai ter o maior número de programas de residência.
Acho que esse é o legado que vou deixar junto com o governador Mauro Mendes. Quem ganha com isso é o usuário do SUS, que já está percebendo essa mudança significativa.