O vice-prefeito de Várzea Grande, Tião da Zaeli (PL), criticou a ideia do vereador Bruno Rios (PL), que defendeu a intervenção do Estado no comando do Departamento de Água e Esgoto (DAE) do Município.
Dizer que essa gestão não deu conta ainda não é possível, porque nós estamos à frente há quatro meses
Esta semana o vereador solicitou junto ao Ministério Público do Estado (MPE) a abertura de processo para fins de intervenção judicial alegando que a gestão da prefeita Flávia Moretti (PL) seria incapaz de gerir a autarquia.
“O Município não deu conta, de verdade, ao longo de décadas. Agora dizer que essa gestão não deu conta ainda não é possível, porque nós estamos à frente há quatro meses. Um assunto que foi represadas as suas demandas ao longo de décadas. Não podemos dizer agora que essa gestão não deu conta”, afirmou Zaeli à imprensa.
“[…] Nós não fizemos mágica, nós já estamos fazendo uma gestão mais séria. E o vereador poderia fazer essa observação. Agora é prerrogativa do vereador defender. Ele defende essa situação e eu acho que não há necessidade, mas fique à vontade. Se quiser, pode continuar”, acrescentou.
Ao pedir a intervenção, Rios lembrou da situação que ocorreu em Cuiabá, quando a Saúde da Capital passou a ser comandada pelo Estado em 2023 devido ao caos que ocorria na Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
Em Várzea Grande o abastecimento de água tem sido o maior problema enfrentado pelos prefeitos do município, incluindo a gestão de Flávia e de Zaeli.
No entanto, o vice-prefeito, apesar de admitir que a situação é muito precária para ser tocada pela Prefeitura, defendeu que a melhor solução para o problema é a concessão.
“O Município tem que se ater à educação, à segurança, ao trânsito, mobilidade urbana. Ou seja, tem tantas demandas importantes e a autarquia DAE, no meu entendimento e no entendimento da prefeita, tem que ser passada por uma concessão pública”, afirmou.
“Não existe outra alternativa, até porque é por conta dos investimentos que terão que ser feitos. O DAE hoje necessita de volumes monstruosos, financeiramente falando, e tem uma dívida muito grande”, completou.
“Eu acho que é uma discussão mais profunda. Não é uma discussão simples, de uma simples colocação como um debate. Teria que chamar a sociedade. Não é uma situação que se resolve com discurso”.